
Por Guto Bastos
Existem várias tentativas de trazer os monstros clássicos da Universal de volta aos cinemas. Como Drácula, Frankenstein, Múmia, Homem Invisível e o Lobisomem. Algumas dão certo e outras nem tanto, como foi o caso do malsucedido Dark Universe da Universal, uma tentativa de criar um universo próprio de terror com os personagens mais icônicos do cinema de horror. Na época, atores de peso foram divulgados no projeto como Tom Cruise e Johnny Depp, mas depois de alguns fracassos, a ideia foi descartada.
Com produção da Blumhouse, o filme Lobisomem (2025) chega para tentar dar mais uma chance ao personagem clássico. A trama gira em torno de Blake Lovell (Christopher Abbott), um pai de família que volta para a isolada casa de infância no interior do Oregon após o pai ser dado como morto.

A viagem, inicialmente motivada por um desejo de restaurar seu casamento e reconexão com o passado, torna-se uma escalada de tensão quando Blake, sua esposa Charlotte (Julia Garner) e sua filha Ginger (Matilda Firth) se veem cercados por uma ameaça até então desconhecida . Durante o trajeto eles são atacados por uma criatura e Blake é ferido desencadeando uma transformação lenta, dolorosa e visceral em algo monstruoso.
A transformação de Blake é gradual e não como acontece nos outros filmes em que só se transforma sob a lua cheia, aqui acompanhamos o sofrimento físico, distorções sensoriais e perda de comunicação. Ele passa a enxergar e ouvir de forma alterada, e membros da família não conseguem se comunicar com ele, essa parte fica bem retratada com movimentos de câmera, efeitos sonoros e visuais mostrando a dificuldade de comunicação entre os personagens.

Com roteiro e direção de Leigh Whannell, conhecido por seu trabalho em Jogos Mortais (2004) e O Homem Invisível (2020), o filme busca uma adaptação mais realista com uso de efeitos práticos. Em muitos momentos as cenas são bem violentas para deixar tudo ainda mais visceral. E por falar em efeitos práticos, em o Lobisomem (2025), não temos aquele personagem peludo clássico. Aqui o lobisomem tem poucos pelos, quase careca e deformações por todo o corpo. O que provavelmente não deve ter agradado os fãs mais fieis do gênero.

Com um elenco enxuto mas cada um bem em seu papel, Lobisomem (2025) moderniza a história do personagem com uma abordagem voltada não só para a criatura, mas também no drama familiar que vem juntamente com a transformação. A ambientação isolada reforça o clima de horror que domina boa parte do filme, criando atmosferas sombrias em cada cena. O filme não é uma obra-prima, mas desempenha bem seu papel. Quem quiser conferir, Lobisomem (2025) está disponível no Prime Video.
NOTA

Confira o trailer de Lobisomem (2025)
Repercussão do filme até a data de publicação deste texto:
Lobisomem (2025)
IMDB – 5,6/10
https://www.imdb.com/pt/title/tt4216984/?ref_=fn_all_ttl_4
LETTERBOXD – 2,4/5
https://letterboxd.com/film/wolf-man-2025
ROTTEN TOMATOES – 48% Crítica / 55% Público
https://www.rottentomatoes.com/m/wolf_man_2025
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