
Por Guto Bastos
O mundo do cinema está repleto de histórias sobre filmes que não tiveram uma boa recepção inicial, mas com o tempo se tornaram grandes clássicos. Seja por sua narrativa única, performances inesquecíveis ou inovações cinematográficas. Muitos desses títulos, que a princípio passaram despercebidos ou foram mal compreendidos, encontraram sua verdadeira audiência após lançamentos em vídeo, alcançando assim, o status de Cult.
A seguir, listamos 5 desses filmes, cada um com uma história distinta de como, apesar de suas dificuldades iniciais, conseguiram conquistar um lugar especial na história do cinema.
Blade Runner (1982)

Quando Blade Runner, de Ridley Scott, foi lançado nos cinemas, ele foi um fracasso comercial. A produção cara, misturada com o tom melancólico e complexo de sua narrativa, não agradou ao grande público da época, que esperava mais ação e menos filosofia. No entanto, com o passar dos anos, o filme encontrou seu público fiel, sendo reavaliado como uma das maiores obras de ficção científica de todos os tempos.
Com o tempo, Blade Runner não só influenciou cineastas, mas também gerou uma série de debates sobre a estética cyberpunk e o impacto da tecnologia na sociedade. A trilha sonora de Vangelis e os efeitos especiais inovadores para a época são hoje elementos essenciais em qualquer discussão sobre cinema visual e de ficção científica. Sua importância para o cinema contemporâneo é incontestável, e a obra se mantém relevante até hoje, com um público fiel e até uma sequência, Blade Runner 2049, lançada em 2017.
Donnie Darko (2001)

Dirigido por Richard Kelly, Donnie Darko estreou com números de bilheteira decepcionantes, mas com o tempo se tornou um filme cult, sendo frequentemente analisado por seu enredo enigmático e a profundidade de seus personagens. A trama, que mistura elementos de viagem no tempo e um drama psicológico, deixou os espectadores intrigados com suas várias interpretações possíveis. Inicialmente, o filme não foi bem compreendido, mas logo foi redescoberto por uma nova geração, se tornando um clássico dos anos 2000.
A abordagem única de Donnie Darko sobre o destino, a saúde mental e o tempo o transformou em um filme de referência. A performance de Jake Gyllenhaal, que interpreta o protagonista, e a trilha sonora de 1980, com destaque para a canção “Mad World”, ajudaram a solidificar o filme como uma obra-prima obscura e misteriosa.
Clube da Luta (1999)

Clube da Luta, dirigido por David Fincher e baseado no livro de Chuck Palahniuk, foi um fracasso nas bilheteiras, mas com o tempo, tornou-se um clássico moderno. A história de um homem insatisfeito com a vida e sua busca por significado, envolvendo conceitos de masculinidade, consumismo e identidade, causou polêmica na época de seu lançamento. Muitas pessoas se sentiram desconfortáveis com sua abordagem radical e provocativa, mas, ao longo dos anos, o filme ganhou um grande número de admiradores.
O estilo visual único de Fincher, combinado com a atuação icônica de Edward Norton e Brad Pitt, ajudou Clube da Luta a se tornar uma obra de referência. Frases como “A primeira regra do Clube da Luta é: você não fala sobre o Clube da Luta” se tornaram parte da cultura pop, e o filme continuou a ser analisado e discutido, especialmente sobre os aspectos sociais e psicológicos que ele aborda.
Apocalypse Now (1979)

Embora Apocalypse Now tenha sido um sucesso crítico, sua estreia nos cinemas não foi um grande sucesso financeiro. A produção problemática, com dificuldades durante as filmagens e um orçamento inflado, fez com que muitos duvidassem do futuro do filme. No entanto, ao longo do tempo, o filme foi reconhecido como uma obra-prima do cinema, com sua visão visceral da guerra do Vietnã e seu impacto psicológico. Dirigido por Francis Ford Coppola, a obra foi premiada e continua sendo uma das mais importantes na história do cinema.
O uso inovador de som e imagem, combinado com performances memoráveis de Martin Sheen e Marlon Brando, contribuiu para sua posição como um dos melhores filmes já feitos. Apocalypse Now se tornou um símbolo do caos e da loucura da guerra, sendo reverenciado por cineastas e críticos até hoje.
Scarface (1983)

O clássico de Brian De Palma, estrelado por Al Pacino, teve uma recepção inicial misturada, com críticas de que o filme exagerava na violência e no glamour do crime. No entanto, Scarface se tornou um filme de culto nas décadas seguintes, em grande parte por sua interpretação icônica de Pacino como o ambicioso e implacável Tony Montana. Seu impacto na cultura popular é indiscutível, com citações, personagens e cenas que continuam a ser referenciadas em várias formas de mídia.
Com sua representação brutal e estilística da ascensão e queda de um criminoso, Scarface foi aclamado por sua audácia e com o tempo, passou a ser visto como uma das melhores performances de Pacino, além de um marco na história do cinema de gangster.
Dá para acreditar que esses filmes não foram sucessos em seus lançamentos?
Esses filmes nos mostram que o sucesso imediato nas bilheteiras nem sempre é um reflexo do verdadeiro valor de uma obra cinematográfica. Com o tempo, filmes que foram inicialmente ignorados ou mal compreendidos encontraram sua verdadeira audiência, se tornando marcos culturais que continuam a inspirar e emocionar gerações.
re muitos outros.
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