Por Guto Bastos

Comecei a assistir o seriado Chespirito – Sem querer querendo (2025) com a expectativa baixa, mas devo admitir que fui surpreendido com a qualidade que a série entrega. A história gira em torno do criador do Chaves, Chapolin Colorado, Dr. Chapatín e muitos outros personagens conhecidos do público brasileiro.

A série retrata a vida de Roberto Gómez Bolaños, desde sua infância até sua consagração como criador de histórias e personagens icônicos. O lendário Chespirito como era conhecido, foi responsável por uma revolução nos programas humorísticos no México e isso se espalhou por mais de 120 países ao longo das décadas.

A série original da HBO MAX estreou em junho de 2025 e tem 8 episódios apenas, tudo na medida certa. Sem muita enrolação, a história flui naturalmente com uma edição não linear, a vida de Bolaños vai e volta na narrativa, o que na minha opinião foi uma escolha acertada, deixando a série dinâmica.

O seriado retrata décadas da carreira, desde os primeiros roteiros, passando pela produção de programas de televisão até o sucesso midiático entre os anos 1950 e 1980. Explora tanto o processo criativo quanto a vida pessoal do artista: infância, dramas familiares, romances complexos, infidelidades e tensões com colaboradores.

O elenco todo está incrível, com suas atuações e caracterizações de seus respectivos personagens. Devo dizer que o ator que faz o Quico e o Seu Madruga são uma cópia fiel dos originais.

O ponto alto de toda história é o momento de gravação daquele que talvez seja o episódio mais conhecido do Chaves, a viagem para Acapulco. Como disse antes, a história não é contada de forma linear, então toda a parte de Acapulco está dividida em vários episódios. É interessante ver como aconteceu toda a dinâmica para esse episódio existir, claro que estamos falando de uma história de ficção, mas naquela época e com alguns atores do elenco com o ego nas estrelas, não deve ter sido fácil.

Falando nisso, a série ainda mostra o peso da fama, disputas internas, rupturas criativas e os sacrifícios por trás do legado humorístico. Tudo o que Bolanõs queria era fazer as pessoas sorrirem e conseguiu com maestria, sua história está aí para provar.

Édgar Vivar, intérprete original do Senhor Barriga, faz uma participação especial no seriado como o cineasta que deu o apelido de Chespirito para Roberto. A série como um todo é um tributo sensível e realista a Roberto Gómez Bolaños, revelando sua genialidade criativa e humanidade por trás dos risos.

Quem cresceu assistindo Chaves e Chapolin no SBT assim como eu, com certeza vai gostar da série Chespirito – Sem querer querendo. Conhecer um pouco mais a pessoa que de alguma forma fez parte da nossa infância, mesmo que pela televisão, é relembrar aqueles momentos que ficaram no passado onde as coisas eram mais simples.

NOTA 

Repercussão da série até a data de publicação deste texto:

Chespirito – Sem querer querendo (2025)

IMDB – 7,6/10

https://www.imdb.com/pt/title/tt34755671/?ref_=nv_sr_srsg_0_tt_7_nm_1_in_0_q_chespirito

LETTERBOXD – 3,5/5

https://letterboxd.com/film/chespirito-not-really-on-purpose

ROTTEN TOMATOES – –% Crítica / 68% Público

https://www.rottentomatoes.com/tv/chespirito_not_really_on_purpose


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