
Por Débora Lima
Indicado por uma amiga, assisti ao filme Meu Ano em Oxford (2025) na véspera do Dia dos Pais e não poderia imaginar o quanto essa escolha me emocionaria. Fiquei profundamente tocada pela mensagem que o filme trás. O filme reforça que laços familiares são um alicerce que nos sustenta nas decisões mais marcantes da vida, mesmo quando isso significa abrir mão de algumas coisas.

A história acompanha Anna De La Vega (Sofia Carson), uma ambiciosa estudante americana que realiza o sonho de estudar por um ano na Universidade de Oxford. Lá, ela se apaixona pelo enigmático professor de literatura Jamie Davenport (Corey Mylchreest). O romance inesperado, ambientado entre livros e corredores históricos, ganha profundidade quando um segredo devastador ameaça destruir tudo o que construíram. Se quiser saber qual é esse segredo, assista ao filme logo.

A história me envolveu bastante que, como professora de inglês, também me peguei encantada pela riqueza da diversidade dos sotaques: o refinado inglês britânico, o casual americano e outras variações que deixaram tudo ainda mais autêntico. Foi quase como fazer uma viagem linguística sem sair do sofá.

Jamie Davenport é apaixonado pela poesia e pelo conhecimento e isso se reflete em suas aulas e conversas. Ele é o tipo de personagem que desperta curiosidade desde o primeiro encontro, com um humor sutil, uma inteligência cativante e uma sensibilidade que vai se revelando aos poucos. Mais do que um interesse romântico por Anna, Jamie se torna muito relevante em suas reflexões profundas sobre propósito, coragem e o valor de aproveitar cada momento, deixando marcas que vão muito além da sala de aula.

O longa é dirigido por Iain Morris, cineasta britânico conhecido por seu trabalho na comédia The Inbetweeners. Em Meu Ano em Oxford, Morris troca o humor ácido por uma narrativa mais romântica e sensível, explorando não apenas a história de amor dos protagonistas, mas também o cenário histórico e inspirador da Universidade de Oxford. Para ele, filmar nos icônicos prédios e jardins da instituição foi uma oportunidade única de capturar a atmosfera mágica que combina tradição, juventude e descobertas, um pano de fundo perfeito para Anna e Jamie se apaixonarem.

Além disso, o filme ecoou uma frase que minha mãe sempre dizia e que norteia minha vida até hoje: “Nunca devemos nos arrepender de algo que fazemos. Só do que não fazemos.” Essa mensagem, simples e poderosa, atravessa a narrativa e nos lembra de viver intensamente, mesmo diante do medo ou da incerteza. Meu Ano em Oxford é um convite para aproveitar as oportunidades que a vida oferece. Ouvir essas palavras ali, no momento certo da narrativa, foi como um abraço emocional, um lembrete para viver cada minuto de nossas vidas.
O filme da Netflix, é inspirado no romance My Oxford Year, escrito pela autora norte-americana Julia Whelan. Embora o longa preserve a essência romântica e o espírito inspirador da obra, ele apresenta mudanças significativas em relação ao original. Entre elas, um desfecho que segue um rumo diferente. As escolhas da narrativa do filme ampliam o impacto emocional para o público do cinema.

NOTA

Confira o trailer de Meu Ano em Oxford (2025)
Repercussão do filme até a data de publicação deste texto:
Meu Ano em Oxford (2025)
IMDB – 6,0/10
https://www.imdb.com/pt/title/tt4978342/?ref_=mv_close
Letterboxd – 2,4/5
https://letterboxd.com/film/my-oxford-year
Rottentomatoes – 32% critica / 42% público
https://www.rottentomatoes.com/m/my_oxford_year