
Por Guto Bastos
Nascido em St. Louis, Missouri, em 27 de maio de 1911, Vincent Leonard Price Jr. (1911–1993) foi um verdadeiro ícone do cinema de terror. Com uma carreira que atravessou seis décadas, ele se tornou sinônimo de horror clássico, mas sua vida e obra vão muito além disso.
Antes de tudo, Vincent Price era um amante das artes. Estudou História da Arte em Yale e continuou seus estudos na Universidade de Londres. Essa paixão o acompanharia por toda a vida: foi colecionador, curador, escritor de livros de culinária e até apresentador de programas sobre arte. Mas foi nos palcos e nas telas que ele se eternizou.

Sua estreia no teatro aconteceu em 1935, com a peça Victoria Regina. Três anos depois, fez sua primeira aparição no cinema, no filme Serviço de Luxo (1938). A partir daí, passou por diversos gêneros até encontrar seu espaço definitivo no terror, onde brilhou com intensidade.
Entre seus trabalhos mais famosos estão clássicos como Museu de Cera (1953), um dos primeiros filmes de terror em 3D; A Mansão do Terror (1960), parte da aclamada série de adaptações de Edgar Allan Poe dirigidas por Roger Corman; e O Poço e o Pêndulo (1961), outro grande sucesso do gênero. Nos anos 70, Price renovou sua imagem com filmes como O Abominável Dr. Phibes (1971), que misturavam horror com humor ácido e estilo visual marcante.
Seu último papel no cinema foi em Edward Mãos de Tesoura (1990), de Tim Burton, onde vive um inventor solitário e excêntrico. A escolha de Price para o papel foi um tributo direto de Burton ao legado do ator, que influenciou toda uma geração de cineastas fãs do horror clássico.

Uma das marcas registradas de Vincent Price era sua voz — grave, teatral e levemente assustadora. Essa característica lhe garantiu trabalhos como narrador e dublador. A mais famosa de suas participações nesse formato, sem dúvida, foi no clipe Thriller (1983), de Michael Jackson. Sua narração macabra e inconfundível deu o tom exato para o maior videoclipe de todos os tempos.
Confira:
Fora das telas, Price também foi um nome ativo na televisão, no rádio e até nos quadrinhos — sua figura foi constantemente referenciada em séries animadas e HQs. Ele apareceu na clássica série Batman dos anos 60 como o vilão Egghead e também emprestou sua voz para animações e especiais de Halloween, sempre com aquele ar entre o sinistro e o charmoso que só ele tinha.
Com dois reconhecimentos na Calçada da Fama de Hollywood, um por seus trabalhos no cinema e outro pela TV, Vincent Price é celebrado até hoje como um dos grandes nomes do terror. Sua influência pode ser sentida em filmes, músicas, séries e jogos, e seu legado continua sendo redescoberto por novas gerações de fãs da cultura pop.
Sua voz profunda, seu estilo elegante e sua presença hipnotizante o tornaram imortal. Vincent Price não foi apenas o rosto do terror, ele foi (e ainda é) a alma sombria e sofisticada do gênero. Se você gosta de horror com classe, charme e um toque de ironia, Price é um nome obrigatório.
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